sexta-feira, 29 de outubro de 2021

O reino das fadas


Para comemorar o MIBE, os alunos do 7ª A ouviram um conto tradicional de Teófilo Braga e, na oficina de escrita que se seguiu produziram os seus próprios contos.



Podem ler uma das histórias aqui:

Era uma vez um menino chamado Luís que estava a brincar no jardim da sua casa, que ficava perto de uma floresta, quando viu um objeto estranho. Curioso foi ver o que era e quando chegou perto do objeto viu uma porta misteriosa. Decidiu abri-la para saber o que tinha do outro lado.

Quando abriu a porta deparou-se com um castelo e várias casas. Andou um pouco e encontrou uma cartola. Quando pegou nela para a colocar na cabeça, um coelho apareceu.

- Não lhe toques – disse o coelho.

- Desculpa, não sabia que era tua – respondeu o menino.

- Não é minha. É da rainha.

- Que rainha? E como falas a minha língua? – questionou o Luís confuso.

- Nós estamos no reino das fadas. Aqui todos se entendem.

O coelho e o Luís conversaram um pouco sobre o reino e de como este tinha ido lá parar.

- Agora que tocaste na cartola, - disse o coelho – temos de ir ao castelo da rainha para desfazer a maldição. A única forma de o fazer é sacrificando a cartola ou sacrificando-te a ti. A cartola é o símbolo do reino das fadas. Por isso tem um feitiço. O castelo pertence ao criador do reino e para sacrificarmos a cartola temos de consultar todos os habitantes.

- Luís ficou assustado, mas confiando que o povo escolhesse a cartola para sacrificar acompanhou o coelho até ao castelo.

O reino dividiu-se: uns queriam salvar a cartola, outros queriam salvar o Luís. Ficaram tão perturbados que começaram a lutar, até que a rainha decidiu que a cartola devia ser sacrificada.

Quando a cartola já estava nas mãos da rainha, Luís ouviu:

- Está na hora de acordar.

E percebeu que tudo aquilo era apenas um sonho!

Ivo Vilaverde

Sofia Nunes

7º A

 


A paixão pelos livros!



Embora o mês das bibliotecas escolares esteja a chegar ao fim, penso que irá sempre a tempo um excerto de um livro tão interessante como A Casa de Papel de Carlos María Dominguez.



"As praias do sul da Argentina não me deixaram a impressão de um pára-brisas num dia de chuva. Talvez o céu, excessivo, a intempérie de areia e de vento, aliados à história de Carlos Brauer, me tenham feito relacionar as costas de Rocha com os pára-brisas e a horrível advertência que retorna sempre que alguém elogia as minhas bibliotecas. Todos os anos ofereço pelo menos cinquenta exemplares aos meus alunos, mas não consigo deixar de acrescentar uma nova estante, outra fila dupla; os livros avançam pela casa, silenciosos, inocentes. Não consigo detê-los.
Muitas vezes me perguntei porque conservo livros que só num futuro remoto me poderiam ajudar, títulos afastados dos percursos literários mais habituais, aqueles que uma vez li e não voltarão a abrir as suas páginas durante muitos anos. Talvez nunca mais! Mas como desfazer-me, por exemplo, de O Apelo da Selva, sem apagar um dos poucos marcos da minha infância, ou de Zorba, o Grego, que com um pranto selou a minha adolescência, de a 25ª Hora, e de tantos outros há anos relegados para as prateleiras mais altas, íntegros, no entanto, e mudos, na sagrada fidelidade que nos adjudicamos.
Amiúde é mais difícil desfazermo-nos de um livro do que de obtê-lo. Ligam-se a nós num pacto de necessidade e de esquecimento, como se fossem testemunhas de um momento das nossas vidas ao qual não regressaremos. Mas enquanto aí permanecerem, presumimos tê-los juntado. Vi que muita gente coloca a data, o mês e o ano da leitura; traçam um discreto calendário. Outros escrevem o seu nome na primeira página, antes de os emprestarem, anotam numa agenda o destinatário e acrescentam-lhes a data. Vi volumes carimbados como os das bibliotecas públicas ou com um delicado cartão do proprietário no seu interior . Ninguém quer extraviar um livro. Preferimos perder um anel, um relógio, o chapéu-de-chuva, do que o livro cujas páginas não mais leremos mas que conservam, na sonoridade do seu título, uma antiga e talvez perdida emoção.
Acontece que, ao fim e ao cabo, o tamanho das bibliotecas conta. Ficam expostas como um grande cérebro aberto, debaixo de miseráveis desculpas e falsas modéstias. Conheci um professor de línguas clássicas que propositadamente demorava a preparação do café na cozinha para que a visita pudesse admirar os títulos das suas prateleiras. Quando verificava que o facto estava consumado, entrava na sala com a bandeja e um sorriso de satisfação.
Nós, leitores, espiamos a biblioteca dos amigos, nem que seja apenas para nos distrairmos. Às vezes, para descobrir um livro que gostaríamos de ler e não possuímos, outras para saber o que comeu o animal que temos diante de nós. Deixamos um colega sentado na sala e no regresso encontramo-lo invariavelmente de pé a farejar os nossos livros. (...)

in, A Casa de Papel - Carlos María Dominguez 


Escolhi este excerto do belíssimo livro A Casa de Papel porque a paixão pelos Livros e pelas Bibliotecas sempre esteve presente ao longo do meu percurso existencial. Não sei o que teria sido a minha vida sem os Livros!  Todas aquelas existências singulares, misteriosas ou dramáticas que neles encontramos através das personagens , seres de papel que vão ganhando forma e cor à medida que surgem, quase como se se apoderassem das páginas que vamos virando...
Celebro assim o mês das bibliotecas escolares que está a chegar ao fim, mas o Amor que sinto pelos Livros, esse nunca acaba ...!    Por Cristina Martins

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Projeto "Liberta o escritor que há ti" - Fanfictions à volta da história do Capuchinho Vermelho

 No âmbito da comemoração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, cujo tema é Contos de Fadas e Contos Tradicionais de todo o Mundo e dando continuidade ao Projeto “Liberta o Escritor que há em ti!” a turma C do 11º ano iniciou a atividade da escrita de fanfictions a partir do universo da história do Capuchinho Vermelho, dos Irmãos Grimm. Eis algumas fanfictions produzidas pelos alunos da turma:

 Chapeuzinho

         Era um dia calorento de outubro. A avozinha, doente das chuvas de setembro, aguarda a sua querida e distraída neta e a merenda que consigo traz, feita pela sua tão amada filha.

            Chapeuzinho seguia alegre e saltitante, de pedrinha em pedrinha, pelo lindo caminho amarelado, na direção da humilde casinha, onde a esperava uma receção amistosa.

            Entre os pequenos e entrelaçados arbustos esverdeados, o grande e feroz lobo dá o ar da sua graça.

- Olá minha querida Chapeuzinho! Há muito que não te via.

- Desde a caça ao coelho branco, com o relógio de bolso na sua mão. – respondeu ela.

- Já as rosas de carmesim foram pintadas. - acrescentou o lobo.

- Que bons tempos já se foram.

- E agora onde vais tu? – perguntou o Lobo.

- Ao feiticeiro já eu fui e, pelo tapete, à casinha da minha avozinha irei. Trago comigo a brilhante e sumarenta maçã vermelha que a mulher vestida de preto, calçada com lindos e reluzentes sapatos, também vermelhos, me deu pelo caminho. Faz de acompanhamento à comida caseira que a minha delicada mãe fez. Agora retirar-me-ei eu, pois o tempo já aperta. Adeus cinzento e felpudo lobo.

            Chapeuzinho continua o seu breve caminho, sorridente, até que a sombra do ambiente toma conta.

            O frio e forte vento à realidade a trouxe. O lobo empalhado na parede e a nossa Chapeuzinho perdida na sua mente.

Marisa Rodrigues, 11º C

Rya, 11º C

Uma paixão inesperada

            Joaquim era um caçador solitário que vivia isolado numa floresta, o que fazia com que conhecesse poucas pessoas.

            Um dia, enquanto caçava na floresta, desconfiadamente, seguiu uns sons que pensava serem de uma presa. Assim que apontou a arma para o sítio de onde vinha o som descobriu que não se tratava de um animal, mas sim de uma linda mulher, pela qual se apaixonou instantaneamente. Ela tinha mais ou menos a sua idade, era baixa, morena, de olhos e cabelos castanhos.

Após este acontecimento, Ana Maria estava tenebrosamente assustada. Joaquim, como bom homem que era, tranquilizou-a, desculpando-se.

            Mais tarde, Joaquim descobriu que Ana Maria era filha da avozinha do Capuchinho Vermelho.

Entre eles cresceu uma forte amizade a que se seguiu um grande amor e dois anos depois casaram.

Carolina, 11º C, Nº 24

Catarina, 11º C, Nº 5

                                                   O caçador dos irmãos Grimm

O caçador, cujo nome nunca foi identificado pelos irmãos Grimm, tem um passado infeliz e doloroso, que todos os habitantes da vila desconheciam.

Quando era mais jovem, casou com o seu primeiro e único amor, porém, o destino não estava a seu favor e três anos depois do casamento a mulher morreu ao dar à luz a sua filha.

Como não tinha capacidades para criar uma filha, devido à dor que sentia e à falta de prática, decidiu deixá-la à porta de um casal da vila, que não tinha filhos.

Depois de ter recuperado da perda da sua mulher o caçador arrependeu-se de ter abandonado a filha e, de certa forma para tentar compensar os seus erros, tornou-se um homem mais solidário, praticando o bem sempre que possível.

Um dia, ele foi caçar, como era habitual, e ouviu um barulho vindo de uma casa. Decidiu entrar para ver se estava tudo bem. Quando se deparou com o lobo, que tanto procurara, apercebeu-se que o mesmo tinha comido quem lá morava e foi imediatamente em seu socorro.

Foi o primeiro dia em que teve contacto com a sua filha: a Capuchinho Vermelho. Com o tempo tornaram-se muito próximos, mas ele nunca lhe contou a verdade.

Érica Góis, 11º C, Nº 7 / Alexandra Costa, 11º C, nº 1


            Era uma vez um lobo que nasceu numa floresta. Ele estava sozinho pois, a sua mãe tinha sido morta por uma pantera negra que andava sempre com uma lagartixa.

            O pequeno lobo jurou vingança pela morte da sua mãe e à medida que foi crescendo foi ficando mais forte e corajoso. No dia em que matou um javali percebeu a sua garra e determinação.

            Continuando a sua jornada encontrou um sapo solitário, chamado Mono Morca e pediu-lhe informações sobre a pantera negra e a lagartixa. O sapo disse-lhe que elas estavam numa casa de madeira e ofereceu-se para o acompanhar.

            No caminho, o lobo contou-lhe a sua história e o sapo ofereceu-se para lutar com a lagartixa.

            Assim que entraram na casa começou a luta. O lobo saltou para cima da pantera mordendo-lhe o focinho, enquanto o sapo lançou a sua língua para cima da lagartixa, mas esta cuspiu-lhe e ele engasgou-se.

            O lobo estava ferido, mas lembrar-se da mãe deu-lhe força para continuar a luta e conseguiu matar a pantera, arrancando-lhe a cabeça. O sapo não sobreviveu, mas o lobo fez-lhe justiça matando a lagartixa.

O lobo perdeu o seu amigo, mas encontrou um pavão delicioso e correu atrás dele.

Leonardo Lopes, 11º C, Nº 13

Renato Patronilho, 11º C, Nº 16

 

           

 

          

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Primeiro campeonato escolar de leitura já arrancou!


Para assinalar o Dia Mundial da Dislexia, a SIC esteve na biblioteca da escola Rodrigues de Freitas, a  fazer um reportagem, com a professora Clara Gomes, que é autora de uma aplicação inovadora sobre leitura. 

                                                  

 A turma do 6ºA foi selecionada para experimentar a aplicação "Speed Reading" e ainda para participar na gravação da reportagem que decorreu no espaço da biblioteca durante a aula de TIC.






Dois professores criaram um aplicativo para controlar a velocidade de leitura. O primeiro campeonato escolar de velocidade de leitura cai começar! Inscreve-te na biblioteca da tua escola!

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

MIBE - Mês Internacional da Biblioteca Escolar

MÊS INTERNACIONAL DA BIBLIOTECA ESCOLAR
 
Outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE),  uma celebração anual das bibliotecas escolares em todo o mundo, uma oportunidade para darmos a conhecer o trabalho que desenvolvemos e mostrarmos que não somos apenas um serviço, mas um centro nevrálgico vital nas escolas. 


Contos de fadas e contos tradicionais de todo o mundo é o tema deste ano. 
Assim, convidamos toda a comunidade educativa a pensar e celebrar a ligação entre livros, leitura e bibliotecas escolares com atividades variadas no âmbito do MIBE durante o mês de outubro! 
Para dar início às comemorações, e aproveitando o Dia Mundial da Música, a BE convidou turmas do 5º e 6º anos a virem à biblioteca ouvir a história "O flautista de Hamelin" (conto de origem alemã) e no fim a refletirem e a responderem a  um kahoot sobre a história que ouviram! 


Boas histórias. Boas leituras!
A equipa da BE do AERF

Semana dos Afetos

  Para assinalar o Dia dos Namorados, a equipa da BE desafiou a comunidade educativa a expressar o seu amor e a espalhar amor! Assim, todos ...